A História do Carandiru e a imprensa

Para que possamos entender como o Complexo do Carandiru e a situação cárcerária se tornou um dos maiores centro de discussões da recente história de nosso país temos que compreender como esta situação chegou a um ponto de calamidade e através da imprensa em geral podemos tirar muitas conclusões, algumas arbitrárias outras manipuladoras e outras que nos levam a refletir o mundo em que vivemos.....

Ao longo da semana neste blog será colocado um pouco da extensa história do Carandiru desde sua criação até sua implosão em 2002 e o que mudou através de fatos denunciado pela grande mídia.

A Criação da Penitenciária do Estado

 

Quarta-feira, 01 de Março, 1911

*Conforme noticiamos, encerrou-se o prazo de apresentação de propostas para construção da Nova Penitenciaria.
Foram apresentadas nove propostas assignadas por pseudonymos, sendo 5 de engenheiros desta capital e as restantes da Capital Federal e do estrangeiro, variando os orçamentos entre quatro mil a dez mil contos de réis.
De accôrdo como edital de concorrência, o sr. secretario da agricultura suicitará as propostas á deliberação de um jury composto de profissionaes habilitados.
Os três primeiros trabalhos classificados serão premiados com……30.000$000 de réis, 20.000$000 de réis e 10.000$000 de réis, perdendo direito ao premio o autor do projecto cuja proposta for acceita pelo governo. (pág.1, col.6)

Sábado, 20 de Maio, 1911

A NOVA PENITENCIARIA DA CAPITAL

(…) A construcção de uma nova penitenciaria nesta capital é mais que uma necessidade decorrente do systema penal do Codigo de 1890: é uma exigência do nosso progresso moral e material. O velho estabelecimento da Avenida Tiradentes, começado em 1838 e inaugurado em 1852, foi concebido de accordo com as idéas da época: e , se jamais correspondeu aos fins a que era destinado, representa actualmente um attestado vivo do quanto vivemos distanciados, neste particular, de outros povos, contrastando com os demais monumentos e instituições que, com o mais justo orgulho, pressurosos franqueamos á vista de hospedes illustres, ávidos de conhecer de perto as consições do nossos incontertavel progredir. Não é somente sob o ponto de vista do regimen que a nossa velha penitenciaria está a reclamar uma prompta substituição. A sua capacidade torna-se cada vez mais em desaccordo com a crescente população criminosa, tributo necessário do nosso progresso pelo augmento constante da população do paiz .(…) (pág.9)

 

Quinta-feira, 26 de maio de 1910 

 

A – Entrada Principal; B – Pavilhão para administração; C – Pavilhão para 200 presos; D – Officinas de trabalhos; E – Collunas de prisão de rigor; F- Amphiteatro para ceremonias do culto; L – Cozinha a vapor; P – Pavilhão para doentes; Q – Casa de serviço; R – Necroterio; S – Casa de Administração; T – Muro principal com torres; Y – Palecete do Director

 segurança absoluta e os rigorosos preceitos sanitários observados nas edificações, em harmonia com uma distribuição combinada dos diversos departamentos, constituem os requisitos indispensaveis a que deve obedecer o projecto de uma penitenciaria. Os projectos escolhidos pela comissão como Ella própria demonstra não preenchem taes condições. Estampamos a planta geral do projecto “Laboravit Fidenter” para denmosnstrar o quanto a commissão dse esforçou para eleval-o á altura do merecer a primeira classificação.(…) (pág.7)

Quarta-feira, 1 de junho de 1910 

A corredor central, B galeria, C quartos para guardas, 9 a 14 carceres munidos dos compotentes…vasos, como mostra elevação. ________ Cellullas de punição do projecto “Laboravit Fidenter”.

Domingo, 04 de Junho, 1911

(10) armários para instrumentos cirúrgicos; (11) sala de operações; (18) estufas; (23) cozinhas; (24) salas de convalescentes.

Link de Pesquisa: http://blogs.estadao.com.br/cem-anos-atras/?s=penitenciaria&submit=OK