Personagem da Semana
Ronaldo Mazotto
![http://portalserraazul.com.br/wp-content/uploads/2011/08/mazotto.jpg](http://portalserraazul.com.br/wp-content/uploads/2011/08/mazotto.jpg)
Nascimento: 09/04/1967,
São Paulo-SP
Profissão: Cárcereiro
"Bom entrei para trabalhar na detenção logo após o massacre fiz parte da primeira turma que adentrou o presidio após este período..
Eu trabalhava na parque da Água branca um lugar muito tranquilo e sossegado no centro de São Paulo e vou te falar tetubiei bastante para deixar aquele local para ir para um presidio , presidio não o maior deles e o pior , mas com muito incentivo de meu querido pai e por um salário três vezes maior que eu ganhava acabei indo lá, ja tinha um tio que ja trabalhava mais de vinte anos, um primo que ja estava a muito tempo e também meu pai chegou a trabalhar lá .
e vou te falar os primeiros dias foram crueis e varias vezes pensei em retonar ao parque e dizia - nossa que estou fazendo aqui ...
Os dias foram se passando, quando vi a primeira morte, na qual um preso foi esfaqueando outro foi terrível, uma cena horrenda, que me encomodou por alguns dias, mais os dias foram passando e todos os dias haviam mortes e assassinatos e aquilo acabou virando uma rotina e uma coisa comum e hoje custumo a dizer que a cadeia me trasformo em uma pessoa muito fria.
cheguei a passar diversas rebeliões la dentro, ser refém ja estava virando rotina,e cheguei a ficar de refém três dias , embora a sucessão de rebeliões, hoje agradeço a Deus por nunca ter acontecido nada comigo em nehuma delas . Teve vez que até presos chegaram a me defender tipo - este aqui ninguem põe a mão.
hoje tambem penso em que era meio violento no inicio, por aquele lugar a disciplina tinha que ser cobrada atrvés do cacete !! e vou te falar isso funcionava os presos tinham respeito com os funcionarios .
Conforme o tempo foi passando também aproveitar que ja estava ali mesmo, resolvi fazer história pensando que aquiloo um dia não iria mais existir e eu teria minha história para contar começei a correr atrás de autorizações para filmar e tiraar fotografias,e também a juntar objetos que eram jogados no lixo e comprar manuias e artesanatos.
Hoje tenho aproximandamente 1.500 fotos muitas horas em video centenas de objetos manuais artesanatos e documentos internos alem de maquetes e algumas matérias em jornais e revistas e um documentario editado por uma rede te televisão americana e exibido em mais de oito paises da Europa e aqui no Brasil não !!!
Uma agenda onde eu escrevia tudo que acontecia nauele lugar o dia a dia de um agente e a visão de um funcionario na qual pretendo escrever um livro.
Este acervo todo que consegui tambem pretendo realizar expoisções em escolas faculdade casa de cultura e afins com intuito de conscientização de jovens e adolescentes e bem como curiosidade popular e até conseguir uma expopisção intinerante, sou portador do maior acervo particular do antigo presídio achando que ate tenho mais material que o museu penitenciario .
Ainda hoje me encontro no sitema depois de ter sido transferido para um penitenciaria no interior do estado hoje tenho uma visão bem diferente do que do tempo em que entrei e tenho uma visão sobre como era a explosão cultural que tambem acontecia dentro das muralhas e não somente horror sangue mortes corrupção e etc...."
Eu trabalhava na parque da Água branca um lugar muito tranquilo e sossegado no centro de São Paulo e vou te falar tetubiei bastante para deixar aquele local para ir para um presidio , presidio não o maior deles e o pior , mas com muito incentivo de meu querido pai e por um salário três vezes maior que eu ganhava acabei indo lá, ja tinha um tio que ja trabalhava mais de vinte anos, um primo que ja estava a muito tempo e também meu pai chegou a trabalhar lá .
e vou te falar os primeiros dias foram crueis e varias vezes pensei em retonar ao parque e dizia - nossa que estou fazendo aqui ...
Os dias foram se passando, quando vi a primeira morte, na qual um preso foi esfaqueando outro foi terrível, uma cena horrenda, que me encomodou por alguns dias, mais os dias foram passando e todos os dias haviam mortes e assassinatos e aquilo acabou virando uma rotina e uma coisa comum e hoje custumo a dizer que a cadeia me trasformo em uma pessoa muito fria.
cheguei a passar diversas rebeliões la dentro, ser refém ja estava virando rotina,e cheguei a ficar de refém três dias , embora a sucessão de rebeliões, hoje agradeço a Deus por nunca ter acontecido nada comigo em nehuma delas . Teve vez que até presos chegaram a me defender tipo - este aqui ninguem põe a mão.
hoje tambem penso em que era meio violento no inicio, por aquele lugar a disciplina tinha que ser cobrada atrvés do cacete !! e vou te falar isso funcionava os presos tinham respeito com os funcionarios .
Conforme o tempo foi passando também aproveitar que ja estava ali mesmo, resolvi fazer história pensando que aquiloo um dia não iria mais existir e eu teria minha história para contar começei a correr atrás de autorizações para filmar e tiraar fotografias,e também a juntar objetos que eram jogados no lixo e comprar manuias e artesanatos.
Hoje tenho aproximandamente 1.500 fotos muitas horas em video centenas de objetos manuais artesanatos e documentos internos alem de maquetes e algumas matérias em jornais e revistas e um documentario editado por uma rede te televisão americana e exibido em mais de oito paises da Europa e aqui no Brasil não !!!
Uma agenda onde eu escrevia tudo que acontecia nauele lugar o dia a dia de um agente e a visão de um funcionario na qual pretendo escrever um livro.
Este acervo todo que consegui tambem pretendo realizar expoisções em escolas faculdade casa de cultura e afins com intuito de conscientização de jovens e adolescentes e bem como curiosidade popular e até conseguir uma expopisção intinerante, sou portador do maior acervo particular do antigo presídio achando que ate tenho mais material que o museu penitenciario .
Ainda hoje me encontro no sitema depois de ter sido transferido para um penitenciaria no interior do estado hoje tenho uma visão bem diferente do que do tempo em que entrei e tenho uma visão sobre como era a explosão cultural que tambem acontecia dentro das muralhas e não somente horror sangue mortes corrupção e etc...."
Fonte: Depoimento dado por Ronaldo Mazotto ao "Memorial Carandiru"
Bom dia
ResponderExcluirvenho aqui ver se existe a possibilidade de realizar alguma exposição, ou materia para jornais e revista ou ate mesmo um documentario nacional, me coloco a dispoisção para sanar qualquer eventual duvida .
eu trabalhei muitos anos na casa de detenção do carandiru e durante o tempo em que trabalhei la consegui juntar um grande acervo com mais de 10000 fotos
muitas horas em video centenas de objetos documnetos maquetes alem de algumas materias e revista (segue anexo uma )
alem de um documnetario editado por uma tv americana e exibido em toda europa e aqui no Brasil não (segue tambem) e gostaria de conseguir realizar exposições em escolas faculdades e afins com intenção de concientizar jovens e adolescentes e tambem saciar a curiosidade popular e mostrar como era o dia a dia dentro do maior presidio do mundo em população carceraria do mundo
alem de muitas histórias e uma tirinha em uma revista tão popular ajudaria muito a divulgação do acervo que é o maior acervo particular sobre o presidio
qualquer interesse entre em contato
rmazotto@hotmail.com
obrigado
Mazotto
segue link do documentário :
http://www.vice.com/vice-news/carandiru-s-bloody-memories